sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

8 bits life

Eu imagino como seria viver num videogame. Ser capaz de feitos incríveis, ter sempre outra chance, viver aventuras...

Sejamos radicais: uma vida simples em oito bits. Nada de gráficos foto-realistas, nada de sons gravados em alta definição, apenas alguns pixels para cada um expressar suas emoções. Tudo o que ouvimos são freqüências no sintetizador, determinadas pelo chip. É uma vida restrita, mas nem por isso pouco compensadora. Com uma realidade tão limitada, também nossa percepção, pensamento e personalidade se simplificariam. Um rei pode dizer que você é o Chosen One e que o mundo inteiro está em suas mãos. E você irá acreditar. Você pode até mesmo ser mudo, e nem por isso o mundo será menos divertido. Você pode viajar à lugares estranhos sem explicação, e não questionar nada disso por um segundo. Para quê profundidade? Às vezes, não basta apenas estar ali?

Também haveria perigos. A todo momento um dragão, mago, alienígena, mutante, ou pirata zumbi poderia surgir. E caberia à você resgatar a princesa. Mas mesmo que ela esteja em outro castelo, de novo e de novo, você sabe que um dia a alcançará. Embora um coreano sempre chegue na sua frente. Malditos coreanos.

E é isso que é o melhor nos jogos: o desafio, a adrenalina, a frustração e a superação. Você sempre pode conseguir seu objetivo, depende apenas de você. Não existem personalidades incompatíveis, discussões de relacionamento, problemas familiares, injustiças. Os maus serão punidos, e todos viverão felizes até a próxima continuação, quando o mundo estará em perigo outra vez.

É claro que viver num universo assim teria suas desvantagens, as diversas nuances das personalidades e sentimentos humanos não seriam aproveitadas. Mas às vezes me pergunto até quando toda essa complexidade é realmente necessária. Posso dizer com certeza que, mesmo com todas as indicações em contrário, a humanidade ainda não "deu certo" depois de todo esse tempo.

De certo modo, porém, é tolo pensar nessas diferenças. Um ser desse universo não saberia o que está perdendo. Por Deus, ele não saberia nem o que são três dimensões! Ele viveria tranquilo (enquanto não aparecesse um mago conquistando seu reino) em sua simplicidade, sem profundidade, física ou espiritual.

 Ah, e em caso de emergência, sempre se pode usar um cheat!

Inspired by Scott Pilgrim. OMG, that movie is AWESOME!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Repost: Hoje

Repost do blog antigo

Máscaras de demônios. Hoje o céu nasceu vermelho.
Como podem funcionar essas pequenas engrenagens
Enquanto o fogo cai sobre suas cabeças?

O cheiro de medo não deixa duvidar
É GUERRA! É GUERRA!
Será outono? Porque muitas folhas cairão.

Repost: Don't stop me now!

Repost do blog antigo

Noite passada estava conversando com minha namorada ("conversando" é eufemismo, "discutindo" caberia melhor) sobre problemas, e estávamos num impasse. Não é certo seguir adiante sem antes resolver suas pendências, certo? Mas e se estas não puderem ser resolvidas, fica-se paralisado?
Pois é fato que grande parte dos problemas são insolúveis, ou a solução está longe demais, e muitas vezes acabamos perdendo o rumo de nossas vidas por conta deles. Não é certo, portanto, esperar que se resolvam. É preciso fazer algo que muitas pessoas não suportam: ignorá-los. Não que seja bom ficar ignorando problemas e postergando a resolução, mas não dá pra parar de caminhar toda vez que encontramos uma pedra, precisamos tomar um desvio! Odeia seu emprego mas não tem condições de abrir seu próprio negócio? Não se demita! Mas comece a planejar em seu tempo livre. Tomou multa e perdeu a carteira? Pegue um ônibus, economize uma grana em gasolina e aproveite para ler um livro. Se um problema é insuportável para você, tente resolvê-lo assim que possível, mas não interrompa toda sua vida por causa de algo sem previsões de fim.

Repost: Férias de dois dias

Repost do blog antigo

Domingo. À Noite. Tenho uma prova em trinta e cinco horas e ainda nem comecei a estudar. Tudo porque neste fim de semana me deu a louca e entrei em clima de férias fora de época.

Imagino como seria bom se os dias fossem mais longos. Ou se eu não precisasse dormir. Claro que se eu fosse mais organizado já ajudava, mas não é apenas isso. Estou tentando ir bem na faculdade, no curso de inglês, aprender coisas no estágio e por conta própria, dar atenção à minha namorada e aos meus amigos(as) e, ainda por cima, pôr em dia minha longa lista de coisas para ler/assistir/ouvir/jogar. E isso porque desisti de ir à academia. Todos os dias úteis enfrento o cruel campo de batalha do metrô, pego a demorada barca e tento cumprir minhas responsabilidades. Os fins de semana parecem simplesmente não bastar.

Hello (again) World!

Faz um tempo já que estou adiando a criação deste blog. Por um tempo usei o Segfault para escrever (poucos) textos pessoais, mas é óbvio que esse não era o caminho. Começo de férias, não tenho mais desculpas: finalmente um blog para escrever minhas divagações sem sentido! Agora posso dizer o que me der na telha sem me preocupar em manter um conteúdo profissional.

O nome escolhido, como é fácil perceber, é uma variação do título d'O Hobbit (There and Back Again). Não tenho lá muitas aventuras, nem muita vivência, por isso "Aqui e de Volta Outra Vez": são as pequenas aventuras de um nerd nesse mundo confuso e, ao seu próprio modo, extraordinário. Porque às vezes a realidade é mais estranha que a ficção, e são os pequenos acasos de nossas vidas que, juntos, perfazem uma verdadeira história épica.
Por isso, olá (de novo) mundo!